quarta-feira, 10 de junho de 2009

Por que existe um abismo entre o "saber" e o "fazer" dentro das empresas?

Fonte: http://www.administradores.com.br/

Não é preciso ser nenhum gênio para ter noção de que "saber sem fazer não nos traz benefício algum". Mas, de acordo com o professor da Universidade de Stanford (EUA), Jeffrey Pfeffer, isso acontece com frequência nas empresas de todo o mundo.

Um exemplo dado por ele é de que todos sabem que é importante manter os colaboradores motivados para que produzam mais, principalmente em momentos de crise.
Mas o que as empresas estão fazendo nessa crise é demitir, e ainda em "conta-gotas", o que ocasiona descontentamento por parte dos demais profissionais, que passam a pensar: será que serei o próximo? Aí está uma diferença entre saber e fazer, que tanto prejudica as empresas.

Saber e fazer

De acordo com Pfeffer, medir o descompasso entre o "saber e fazer" é importante para avaliar a intensidade do problema que a empresa enfrenta e para acompanhar atentamente o progresso alcançado por sua resolução. Além disso, é uma maneira útil de avaliar a eficácia do aprendizado, treinamento e esforço para mudar a organização.

Para colocar em prática o que se sabe, o professor aconselhou que as lideranças elaborem uma lista de práticas e ações gerenciais; peçam às pessoas que digam em que medida elas acham que cada uma dessas práticas e ações relacionam-se com o desempenho organizacional; e peçam às pessoas que digam em que medida elas acham que essas práticas e ações estão sendo postas em prática.

Confira abaixo outras orientações dadas pelo professor, para medir o descompasso entre o saber e fazer:

Existe algum acordo sobre o que produz sucesso na sua organização? Se não houver, esforce-se para criar um entendimento comum do negócio e da sua estratégia.

Existe sequer acordo sobre o que a empresa faz?

A empresa está fazendo o que sabe que deveria fazer? Se não estiver, por que não?

Causas do descompasso

Pfeffer apontou, dentre os motivos do descompasso do saber e fazer, o excesso de palestras, apresentações, reuniões, em vez da ação. Além disso, ele citou lembranças, precedentes, procedimentos operacionais padrão e valores e crenças culturais aceitos sem questionamento, em vez de ideias e reflexões.

O professor de Stanford disse ainda que o medo impede que se aja com base no que se sabe. "Na verdade, o medo impede o aprendizado e a tomada de qualquer tipo de medida".

Outro ponto bastante importante é a competição interna: "transforma amigos em inimigos, prejudicando o compartilhamento de conhecimentos, a cooperação e o aprendizado, e rompendo as redes sociais necessárias para a inovação".

sábado, 6 de junho de 2009

Com alimentos mais baratos, inflação para baixa renda perde força em maio...

A inflação para as famílias brasileiras com renda entre um e 2,5 salários mínimos perdeu força em maio e recuou para 0,69%, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em abril, o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) havia ficado em 0,73%.

Conheça as diferenças entre os principais indices de inflação


Os principais responsáveis pela queda da taxa foram os preços dos alimentos: esses produtos ficaram, em média, 0,08% mais baratos no mês, seguindo uma alta de 0,85% em abril. Essa categoria absorve, em média, 40% do orçamento dessa faixa da população e tem por isso forte peso sobre a composição do IPC-C1.
Na passagem de abril para maio, também caíram as taxas de educação, leitura e recreação (de 0,40% para -0,02%) e saúde e cuidados pessoais (de 1,53% para 1,17%). Em contrapartida, tiveram acréscimos em suas taxas de variação, na mesma comparação, os grupos habitação (de 0,27% para 1,27%), vestuário (de 0,39% para 0,78%), transportes (de -0,01% para 0,00%) e despesas diversas (de 4,67% para 7,15%).

Acumulados

Com o resultado de maio, a inflação para a baixa renda acumula alta de 5,55% nos últimos 12 meses. A taxa é a mesma registrada para o conjunto da população, calculada pelo IPC-BR. De janeiro a maio, no entanto, o IPC-C1 acumula alta de 2,84%, superior aos 2,54% registrados para o conjunto da população.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Conformismo e medo do risco: traços de 53,3% dos profissionais brasileiros...

Fonte: http://www.administradores.com.br/

Já parou para pensar em quantas pessoas discordam da maneira como os processos funcionam na empresa em que trabalham, mas não reclamam? De acordo com um estudo realizado pela Fellipelli, 53,3% dos profissionais brasileiros trabalham de forma mais convencional e tendem a fugir dos riscos, optando por não confrontar outras pessoas, permanecendo em uma zona de conforto.

A pesquisa, divulgada na segunda-feira (1º), foi realizada com 21.602 trabalhadores brasileiros, ao longo do ano passado, tendo por base ferramentas de análise de tipos psicológicos, que determinam as preferências de cada indivíduo.

"As pessoas mais convencionais geralmente possuem muito autocontrole, por isso preferem guardar o que pensam para si e resolver internamente seus problemas a externalizar e se impor, realizando, às vezes, tarefas com as quais não concordam, mas que não conseguem mudar", analisa a sócia-diretora da Fellipelli, Adriana Fellipelli.

"Se esse profissional aceitar o desafio de entrar em choque com as ideias impostas, talvez consiga melhorar muitos processos da empresa, por meio de contrapropostas", acrescenta ela.

Inovar é preciso

A inovação é uma competência presente em apenas 12,1% dos profissionais. Por ser pequeno, o percentual indica que o potencial de renovação e de competitividade das empresas têm ficado aquém do nível satisfatório.

Embora todos os tipos psicológicos de profissionais contem com pontos a favor e outros contra, não existe um padrão ideal de profissional a ser atingido. Adriana acredita que a diversidade no meio corporativo é fundamental para garantir o bom andamento dos negócios.

"As pessoas se complementam nas mais diversas atividades do dia-a-dia. Enquanto algumas estão sempre inovando, outras conseguem ser mais organizadas e garantir a execução dos processos, por exemplo. Uns são mais extrovertidos e expõem melhor seus pontos de insatisfação, enquanto outros preferem pensar em outras formas de contornar o problema e projetar estratégias. Possuir um quadro de funcionários bastante heterogêneo é a chave para garantir a qualidade do trabalho", diz ela.

Como aproveitar o melhor de cada um

Adriana finaliza lembrando que, para aproveitar corretamente o potencial de cada profissional e suas contribuições para os negócios, as empresas precisam recorrer a dinâmicas de grupo e muito treinamento.

"Investir na educação e capacitação emocional das equipes é fundamental para garantir a harmonia das atividades e o entrosamento dos colaboradores, tornando os negócios mais produtivos e inovadores", garante.